1- Refira-se a 3 produtos importantes para a revolução agrícola, que tenham vindo de fora da Europa e que tenham passado a ser cultivados na Europa.
Pelo menos 2 desses produtos não devem ser objecto do seu trabalho.
Os três produtos importantes da revolução agrícola são: o arroz, a batata e o milho, agora vou escrever um pouco sobre cada um destes produtos:
Arroz:
Designação de plantas herbáceas da família das Gramíneas e do género Oriza, originárias da Indonésia, Filipinas, Índia e sul da Ásia, onde se encontram as espécies espontâneas anteriores à do arroz actual. O arroz adapta-se a climas húmidos ou secos, quentes ou frios, e a solos de condições diversas: salinos, alcalinos e ácidos.
Das 23 espécies do género Oriza, apenas duas são cultivadas: a Oriza sativa - originária da Ásia, constituída por subgrupos de numerosas variedades de arroz e a mais conhecida e utilizada em geral - e a Oriza glaberrima - originária da África Ocidental, também variada e com um elevado valor nutritivo.O arroz (Oriza sativa) é uma planta muito cultivada em terrenos pantanosos ou alagados pelas suas cariopses comestíveis e ricas em vitaminas A, B e B2 . É uma planta lacustre estando bem adaptada para crescer em água, devido ao seu colmo oco que permite que oxigénio
passe até às raízes.
As folhas são ásperas, as flores dispõem-se em espiguetas uniflorais, comprimidas lateralmente dispostas em panículas estreitas. Os frutos são cariopses aderentes às glumas e glumelas. O arroz germina as sementes a 12 ºC atingindo o seu maior desenvolvimento entre os 25 e 30 ºC. Além de ser utilizado na alimentação, é utilizado para o fabrico de bebidas alcoólicas como a cerveja de arroz e a aguardente de arroz.
Cultivado desde a Antiguidade, permitiu o aparecimento e desenvolvimento de civilizações, cooperando no seu crescimento social e económico, através dos sistemas agrícolas que não só contribuíram para aproximar e alimentar a população de várias regiões como também para evitar a erosão do solo, inundações e outras condições geográficas que pudessem impedir o
crescimento dos povos.
Só começou a ser conhecido como alimento na Europa a partir do século VIII, época em que os Árabes o introduziram no sul de Espanha.
O arroz é cultivado em todos os Continentes (à excepção da Antártica) e, para além de ter entrado na nossa alimentação diária, influenciou culturas (na China realiza-se a "Festa de Iniciação da Terra" que anuncia a chegada da estação do arroz), religiões (como, por exemplo, o costume de atirar arroz aos noivos depois da cerimónia) e artes (como a pintura, a música e a literatura).
A China e a Índia são dos mais antigos produtores de arroz, que é uma das principais fontes de rendimento e alimento da população.
No Japão, a tradição do consumo e produção do arroz é também muito antiga, o arroz é um dos mais importantes elementos culturais do país. Outro dos grandes produtores é o Egipto, onde o arroz é uma boa fonte de rendimento, devido à sua exportação.
A Itália é considerada como a maior produtora de arroz da Europa. Para além de ser usado frequentemente na gastronomia de muitos países, é um alimento essencial no combate à fome nos países subdesenvolvidos.
O ano de 2004 foi considerado, pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Ano Internacional do Arroz.
Milho:
Planta traqueófita do género Zea, geralmente anual e raramente vivaz, o milho é uma gramínea robusta, com folhas planas e largas.
A inflorescência masculina constitui uma panícula terminal composta por cachos espiciformes (espiga), com uma altura que pode variar entre os 15 e os 30 centímetros. As inflorescências femininas, com cerca de 20 centímetros de altura, têm coloração axilar e são formadas por numerosas espiguetas dispostas em filas longitudinais sobre um eixo grosso. A flor inferior das espiguetas femininas é estéril.
O conjunto é envolvido por várias bainhas foliáceas imbricadas. O caule é constituído por colmos, sólidos e erectos, que enraízam nos nós inferiores.
A sua altura pode atingir os quatro metros e a espessura pode variar entre os três e doze centímetros. A cariopse (grão), cujo tamanho pode variar entre cinco e dez milímetros, é grossa e arredondada. O milho Zea mays é muito cultivado no mundo tanto para a alimentação humana como para a alimentação animal.
Este cereal constituía o principal recurso dos impérios Inca e Asteca da América do Sul e foi introduzido na Europa, supostamente por Cristóvão Colombo, depois da descoberta da América. É uma planta muito exigente relativamente ao calor e à humidade.
Em Portugal, a sua cultura decorre no período Primavera-Verão, sobretudo no Minho, Douro e Beira Litoral, quando o tempo é mais quente, pois para que o milho se desenvolva bem é necessário que as temperaturas atinjam os 25/30ºC; a quantidade de água disponível é também determinante para uma boa produtividade.
Após a sua colheita, no início do Outono, é tradição, celebrada por todo o país, a reunião das pessoas que trabalham nos campos para, em grupo, retirarem a espiga ou maçaroca da planta - a este trabalho conjunto chama-se desfolhada.
No meio de muita animação, música e comes e bebes, quem encontrar a espiga vermelha, o milho-rei, é obrigado a abraçar todas as pessoas presentes. Para além de alimento, o milho é também uma planta utilizada na indústria para extracção do glúten, do amido e do óleo de germe de milho e da isoglucose que é utilizada como adoçante de bebidas.
É também utilizado para a obtenção de álcool e, mais recentemente, tem-se tornado alvo de vários estudos relacionados com a biotecnologia.
milho (Zea mays) é originário da América Central, tendo sido introduzido na Europa pelos espanhóis, após as viagens de descoberta comandadas por Cristóvão Colombo. Este cereal rapidamente foi distribuído por todos os cantos do Mundo através das viagens marítimas dos portugueses.
O milho era o principal recurso dos impérios Inca e Asteca.Actualmente, depois do trigo e do arroz é o cereal mais cultivado. Em Portugal, a área cultivada é de cerca de 180 000 ha, sendo apenas uma pequena parte em regime de sequeiro.
Os milhos mais semeados são os híbridos, calculando-se cerca de 71,4 % da área global da cultura.A cultura do milho decorre no período de Primavera-Verão, quando as temperaturas são mais elevadas.
A temperatura óptima para o crescimento do milho é de 24 a 30ºC. A água disponível para a planta durante o seu desenvolvimento é determinante para garantir uma boa produtividade. A qualidade da semente de milho é também muito importante, para a qualidade e rentabilidade da cultura.
No entanto, esta nova tecnologia não permite a resolução de todos os problemas fitossanitários do milho que durante o seu ciclo vegetativo é atacado por pragas, doenças e na parte inicial do desenvolvimento, sofre uma grande concorrência das infestantes.
Em relação à história e origem do milho, pode-se afirmar que é uma das plantas cultivadas mais antigas. Estudos arqueológicos forneceram elementos que permitem afirmar que o milho já
existia como cultura, ou seja, em estado de domesticação, há cerca de 4.000 anos e já apresentando as principais características morfológicas que o definem, basicamente, na actualidade.
Quando Cristóvão Colombo descobriu a América, o milho constituía a base alimentícia dos indígenas que lá viviam e era cultivado desde a Argentina até ao Canadá.
Pesquisas feitas por arqueólogos na cidade do México descobriram grãos de pólen com cerca de 60.000 anos.
Em escavações levadas a efeito na região sudeste do México, foram encontradas espigas de milho primitivo, com cerca de 5.000 a 6.000 anos de idade. Na América do Sul, no Peru, os fósseis mais antigos encontrados possuíam idade de 2.700 anos antes de nossa época. Logo após a descoberta da América, o milho foi levado para Espanha, Portugal, França e Itália, onde era a princípio cultivado em jardins, como se fosse uma planta exótica e ornamental.
Uma vez reconhecido o seu valor alimentar, este cereal rapidamente foi distribuído por todos os cantos do Mundo, através das viagens marítimas dos portugueses.
beterrabaDesignação comum das plantas do género Beta e da família das Quenopodiáceas.A espécie Beta vulgaris, conhecida por beterraba ou beterraba-sacarina, é uma planta anual ou bienal, erecta, glabra, com raiz entumecida.
A base do caule é grossa, branca, amarela ou purpúrea.
O caule é carnudo e comestível. As folhas são grandes verdes ou arroxeadas.
As flores agrupam-se em cimeiras de duas ou oito flores dispostas em longas espigas, com os segmentos do perianto frutíferos incurvados.
O fruto é carnudo com muitas sementes (núcula).
A cultura da beterraba sacarina constitui uma grande alternativa, nos climas temperados, à cana tropical e subtropical utilizada na produção de açúcar.
Com os seus açúcares, principalmente a sacarose, os seus pigmentos, o grande número de aminoácidos, as sua vitaminas B1, B2, PP e C, a sua provitamina A, os seus sais minerais e os
seus oligoelementos raros, como o manganésio, o bromo, o lítio, o estrôncio e o rubídio, a beterraba tem um grande valor nutritivo e energético. A chamada beterraba hortícola era utilizada pelos camponeses pobres da Germânia, desde o século XIII, na alimentação. A beterraba sacarina tornou-se famosa no século XIX.
Beterraba é o vegetal mais doce, já que tem a maior quantidade de açúcar entre os vegetais. Porém, lembre-se que açúcar é necessário ao nosso corpo e, se o alimento contém outros nutrientes, então ele é saudável, e a beterraba é carregada com nutrientes, especialmente fitoquímicos.
Beterraba fresca também contém vitamina C, folacina e carotenóides, incluindo beta-caroteno e um fitoquímico bioflavonóide menos conhecido chamado antocianina, que é um poderoso antioxidante o qual potencializa a atividade da vitamina C.
A Beterraba é uma raiz tuberosa, originária da Europa, pertencente à família Quenopodiácea, assim como a acelga e o espinafre verdadeiro.
Existem três tipos de beterraba: a beterraba açucareira, usada para produção de açúcar, a beterraba forrageira, usada para alimentação animal e aquela cujas raízes são consumidas como hortaliça, sendo a mais conhecida no Brasil.A beterraba é rica em açúcares.
Destaca-se como uma das hortaliças mais ricas em ferro, tanto na raiz quanto nas folhas.